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Voltar Escola cria projeto de mapeamento dos problemas socioambientais da Baixada Cuiabana


13 de Outubro de 2022 às 12:23
Estudantes vão utilizar o aplicativo “Dados à prova d’água”, desenvolvido para engajar comunidade e escola na geração e circulação de dados de desastres naturais
Thiago Stofel | BM5


Por: Divulgação
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Problemas socioambientais da Baixada Cuiabana, incluindo a identificação de riscos ambientais, serão mapeados por 25 alunos do 7°, 8° e 9° ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Militar Dom Pedro II – Presidente Médici, em Cuiabá. Eles foram selecionados para participar do Projeto Emergência Climática e Ciência Cidadã, aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa em Mato Grosso (Fapemat).

Segundo a professora e pesquisadora Débora Moreira, coordenadora do projeto, para isso, será criada uma rede de observação local com dados de temperatura e índice pluviométrico e produzido uma cartografia social mostrando os riscos de desastres.

O projeto pretende estimular os participantes a anotar os dados diários de temperatura e chuva. Para isso, vão utilizar o aplicativo “Dados à prova d’água”, desenvolvido para engajar comunidade e escola na geração e circulação de dados de desastres naturais.

O Diretor da escola, TC BM João Paulo Nunes de Queiroz ressalta que:  "Projetos como estes são fundamentais não apenas para o processo de aprendizagem  e científico dos nossos alunos, mas sobretudo, para conscientização através da produção do conhecimento".

As informações serão enviadas ao Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), que passará a ter acesso a mais informações sobre a variação climática na região de Cuiabá.

Para trabalhar a acessibilidade em caso de riscos de desastres, os alunos tiveram a contribuição da professora-doutora Giselly Gomes, do Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso (ICEMAT).

“A ideia é transformar o programa em um experimento científico com os jovens pesquisadores, que irão desenvolver estudos sobre a realidade social e ambiental”, ressalta Giselly Gomes.

A professora e pesquisadora Débora Moreira lembra que a escola, enquanto local privilegiado para o desenvolvimento crítico e integral do aluno, tem como desafios promover a educação científica, o desenvolvimento do pensamento investigador e o gosto pela ciência.

“Para isso, conta com a ciência cidadã cujo foco é tanto o desenvolvimento científico como o protagonismo juvenil. E, somado à consciência cidadã, nasceu o projeto”, comemora.

O Projeto Emergência Climática e Ciência Cidadã foi iniciado em agosto deste ano e se estende até fevereiro de 2023. O projeto terá ajuda financeira R$ 18 mil da Fapemat. “Muito mais que um financiamento, teremos a visibilidade do projeto”, ressalta Débora.
Além do Cemaden, são parceiros na pesquisa, o Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Artes (GPEA/UFMT) e a ONG Instituto Caracol.